Você sabia que, se não fossem as mulheres, a tecnologia e a internet não existiriam da maneira como conhecemos hoje?
Na história, o primeiro algoritmo desenvolvido foi feito por uma mulher chamada Ada Lovelace. Inúmeras linguagens de programação foram criadas pelo público feminino: Irmã Mary Kenneth Keller (BASIC), Grace Hopper (COBOL).
Você conhece o protocolo STP? Aquele que impede o loop de dados nas redes e na internet. Pois bem, foi invenção de Radia Perlman. Já a tecnologia utilizada nos celulares e aparelhos Wi-Fi tem como referência o trabalho desenvolvido pela inventora e atriz Hedy Lamarr.
Como podemos ver, o público feminino tem grande importância na história da tecnologia, não é mesmo? Entretanto, ainda não vemos muitas mulheres trabalhando com TI.
Por que será?
O mundo segue em constante evolução e dizer isso já é um clichê da atualidade. As tecnologias ajudam no trabalho, as cidades se desenvolvem, mas alguns paradigmas e preconceitos persistem enraizados na sociedade moderna.
Em 2019, é inadmissível acreditar que o mercado ainda tem certo receio em aceitar as mulheres em todas as áreas de atuação. Diferenças entre salários para os mesmos cargos, a maneira como são tratadas – e até subestimadas – são alguns dos obstáculos que elas ainda enfrentam no dia a dia.
A verdade é que as mulheres já contribuíram mais que muitos homens para determinadas áreas, incluindo a de tecnologia.
Para comemorar o mês da mulher e reafirmar sua importância para o mercado de trabalho, resolvemos falar um pouco da trajetória feminina na área de TI e entrevistamos a colaboradora, Danielle Amorim, que tem 10 anos de experiência como programadora e trabalha há 2 anos e 3 meses no Mercado Eletrônico.
Entrevista – Danielle Amorim
Entrevistamos a colaboradora Danielle, que atua como programadora no Mercado Eletrônico, para falar sobre sua trajetória profissional, entender suas conquistas e desafios encontrados no dia a dia. Confira abaixo!
ME: Dani, você já pensou em trabalhar em outra área? Quando descobriu sua vocação para trabalhar com tecnologia?
Dani: A área de tecnologia sempre esteve presente na minha casa. Meu pai trabalhava com eletrônica, dois irmãos eram programadores e um web designer. Tive que escolher um curso para o colégio técnico e optei por Processamento de Dados. A partir daí tudo começou.
ME: O que mais te motiva a trabalhar na área de TI?
Dani: Exercer o raciocínio lógico, usar a criatividade para resolver problemas e ter sempre algo novo para aprender. Desafios constantes é o que me faz gostar da área de TI.
ME: Quais são as linguagens de programação que você prefere e por quê?
Dani: Eu adoro trabalhar com C#, porque foi a linguagem que mais tive contato e acabou ficando mais fácil para mim.
ME: Quais os principais desafios que você enfrentou e enfrenta dentro da área?
Dani: Os principais desafios que já enfrentei na área de tecnologia foram em situações que envolveram gerenciamento de conflitos, como em casos de estresse por prazos extremamente curtos ou até mesmo problemas de comunicação entre as equipes. Atualmente, meu maior desafio é aprender as novas tecnologias que estão surgindo no mundo.
ME: Você acha que faltam mulheres na área de TI?
Dani: Sim, é incrível como ser mulher e programadora é motivo de surpresa nos dias de hoje. Na época da faculdade, eu era uma das três mulheres entre os 40 homens na sala de aula.
ME: Quais os pontos fortes que as mulheres podem e têm trazido para a área de TI?
Dani: Homens e mulheres podem ter as mesmas características profissionais mas, na maioria das vezes, as mulheres são detalhistas, caprichosas e atenciosas.
ME: Você já sofreu algum tipo de preconceito, seja na empresa, na faculdade ou na família, por ter escolhido atuar nesse ramo?
Dani: Sim, já presenciei situações desagradáveis, como quando fui conhecer a faculdade que estudei e falaram “ué, tem curso de RH nessa faculdade agora?”, ou pelas vezes que recebi olhares de julgamento por acharem estranho ser feminina e trabalhar numa área considerada masculina.
ME: Você acha que esse preconceito acontece também nos processos seletivos?
Dani: Sim, em alguns processos seletivos eu percebi que, por não estar no padrão ou não ter estereótipo de programador, eu perdi alguns pontos em relação aos outros candidatos.
ME: E hoje? Você acha que a visão das pessoas mudou um pouco ou você sente que ainda existe algum preconceito?
Dani: Atualmente, esse cenário mudou bastante. Muitas empresas estão incentivando profissionais femininas a conhecerem essa área. Eventos e hackatons só para mulheres têm acontecido para o universo feminino ganhar destaque no mundo da tecnologia.
ME: Geralmente, o preconceito parte mais dos homens ou das próprias mulheres?
Dani: Por ambos. O preconceito surge, muitas vezes, quando confundem uma mulher vaidosa com futilidade. Até parece que não sabem que é possível se cuidar e ser uma excelente profissional!
ME: A grande maioria no TI ainda é homem. Como é a sua relação com eles?
Dani: É muito bom trabalhar com os meninos também! Na maioria dos casos, eles são calmos, prestativos e sempre tem os “palhaços” (rs). Minha relação com os meninos sempre foi de parceria, prezando sempre por respeitar o espaço do outro.
ME: Qual a visão deles sobre a mulher em TI?
Dani: Acho que os homens enxergam o comprometimento e dedicação que as mulheres têm na área de TI.
ME: Qual a sua grande aspiração dentro de tecnologia?
Dani: Me inspiro em ser o melhor de mim mesma com a ambição de buscar evoluir sempre na minha área.
ME: Para você, ser mulher é…?
Dani: Reinventar-se a todo momento e exercer, com energia, as diversas funções na mesma intensidade de seus pensamentos e emoções.
ME: Você poderia deixar uma mensagem de incentivo para as mulheres que sonham em trabalhar com TI ou em alguma outra área que ainda sofre resistência?
Dani: A área de TI está em ascensão e precisa de pessoas que gostam de evoluir na mesma velocidade em que a área cresce. O que parece ser difícil às vezes é somente a impressão pelo desconhecido. Se você gosta de desafios, vai ver que é divertido programar!
Gostou da entrevista com a Dani? Deixe nos comentários suas impressões e conte para a gente se você já passou por alguma experiência interessante na área em que trabalha. 🙂
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Tenho muito orgulho de você Danielle. Que Deus te abençoe sempre.
Conheço a Dani, trabalhamos juntas em uma empresa por um tempo. Ela é uma jovem profissional que irá longe, pois tem um comportamento que agrega, é focada e busca evoluir sempre, além de ser uma linda jovem, que preza a vida, a amizade…Quem planta boas sementes sempre irá colher bons frutos!! Parabéns Dani Amorim!!