Mais complexo e dominado por questões legais, éticas, regulatórias e de sustentabilidade, o procurement precisa de mais agilidade, estratégia e tecnologia
Economia
A redução de custos continua sendo uma preocupação para organizações de todo o mundo. No entanto, esse enfoque só pode ser alcançado ao identificar a origem desses custos a fim de melhor reorientá-los. Com as transações cada vez mais controladas por meio do e-procurement, as empresas conseguem acelerar outras fases importantes para os negócios, como a análise de mercado, avaliação de propostas, negociação, contratação, cobrança, pagamento e gerenciamento de suprimentos, o que gera uma economia global para a empresa. No mais, é preciso ter em mente que qualquer economia é importante porque em compras a economia é absoluta, ou seja, cada real economizado equivale a um real a mais de lucro.
Agilidade
Padronizar as compras de acordo com as demandas internas é uma necessidade de qualquer profissional da área. Para isso, vale otimizar seus processos com o uso da tecnologia. Com todas as informações essenciais reunidas em um workflow de uma ferramenta, que pode ser padronizada de acordo com as demandas internas, a contratação eletrônica permite que os usuários façam compras de contratos anteriormente negociados, o que lhes rende um ganho de produtividade de cerca de 15% a 20%. Outra forma de ganhar tempo é acompanhar o andamento das cotações pela internet. Atualmente, é possível se cadastrar para receber alertas para rastrear o processo completo de compra e entrega dos produtos, outra alternativa que te ajudará a monitorar seus processos e estar sempre ciente do que acontece.
Governança
A gestão de riscos hoje é uma prioridade nas empresas. Pensando nisso, profissionais de compras, principalmente gestores, terão que desenvolver novas maneiras de gerenciar categorias de fornecedores e métricas para nortear as decisões importantes. Essa gestão com enfoque nas compras deve mitigar a exposição ao risco. Também é necessário conhecer todas as exigências regulatórias, legais, trabalhistas e previdenciárias. Nesse quesito, o e-procurement centraliza todas as solicitações de compra em apenas um ambiente e ajuda em aspectos como habilitação jurídica, verificação de regularidades fiscais, ambientais e trabalhistas, qualificação técnica-operacional e análise financeira, uma garantia a mais para passar por auditorias e gerar mais compliance para a empresa.
Colaboração
As organizações de compras precisam pensar em modelos de colaboração diferentes dos tradicionais que permitam orquestrar acordos complexos e gerenciamento de serviços com vários fornecedores. Uma das máximas mais importantes para as organizações de hoje é gerar valor. Por conta disso, o processo de aquisição deve estar pautado em sustentar a economia e a sociedade em geral.
Enquanto a chegada dos millennials ao mercado de trabalho apresenta uma nova linha de pensamento mais alinhada à economia circular, as equipes de compra mais experientes irão desempenhar um papel crítico no compartilhamento de informações sobre custos internos e externos em toda a organização. Juntas essas diferentes gerações de profissionais serão responsáveis pela maneira como a organização está cumprindo seus compromissos de sustentabilidade e responsabilidade social na área. A colaboração entre empresas também ajuda a mapear novas métricas de desempenho em compras, ajudando, dessa forma, a monitorar processos, mensurar o que é importante, adequando estratégias e identificando novas oportunidades de negócios.
Inovação
Em breve, as organizações de compras servirão de canal para encontrar novas formas de inovar, criando valor no desenvolvimento de novos produtos ou terceirizando funções não essenciais. Como uma forma de avançar, as organizações de compras precisam entender melhor o papel que as entidades externas desempenham na direção da inovação em suas indústrias. Para suportar isso, muitas equipes de compras precisarão expandir seus conhecimentos em engenharia, design, desenvolvimento de novos produtos e responsabilidade social, desde contratações que envolvam a diversidade e inclusão, levando em conta pessoas, o meio ambiente e sobretudo, a tecnologia.
Por Alexandre Moreno, diretor de serviços do Mercado Eletrônico
Fontes: Administradores.com e Business Consultant.
Realmente nesses tempos difíceis temos que buscar no campo da inovação meios para que as negociações sejam saudáveis para ambos os lados. Embora as ferramentas que estão aí, e as que estão por vir otimizam o trabalho de comprar, mas não vão eximir a ação do pensar, e assim trazer para o negócio novas formas para alcançar o melhor resultado, como dito na matéria, a economia é absoluta. Compartilhar informações de boas práticas, estabelecer uma linha de companheirismo entre cliente x fornecedor é o caminho para termos negócios sustentáveis.
Agradecemos a sua contribuição, Ana Rita. Como você bem disse, as ferramentas disponíveis não vão dispensar a ação do pensar. Embora os tempos sejam difíceis, a nossa ideia é compartilhar conteúdo de qualidade para ajudar a espalhar tendências e boas práticas no mercado brasileiro. Por isso, aproveitamos para recomendar duas leituras que vão de encontro ao seu comentário: um texto sobre o novo perfil do profissional de compras (https://blog.me.com.br/profissional-de-compras/) e um artigo sobre colaboração (https://blog.me.com.br/colaboracao-comprador-fornecedores/), que vão de encontro ao seu comentário. Até breve!