Nos dias 10 e 11 de novembro, teve lugar o ME B2B Summit, o evento de referência em e-commerce B2B no Brasil. Além de apresentar a edição deste ano, Arthur Igreja, palestrante TEDx e cofundador da plataforma de inovação AAA, deu uma palestra com o tema “Procurement do futuro: compras ativadas por voz, RPA e assistentes virtuais”.

Arthur começou por relembrar a forma como a pandemia de covid-19 teve grande impacto nas pessoas e nas empresas. O ano de 2020 foi pautado pelas restrições, enquanto 2021 trouxe a vacina e a esperança que todos precisavam para a retoma da vida após tempos tão difíceis.

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Olhar para o futuro é agir no agora

No mundo corporativo, a pandemia ficou marcada pelo avanço de situações que já existiam antes e que eram praticadas de forma tímida. É o caso do home office e das operações à distância, por exemplo, que não foram uma questão de escolha.

Mas daqui para frente, com o fim da era pandémica, a velocidade da inovação tende a diminuir consideravelmente. Por isso, o olhar para o futuro precisa de acontecer agora.

“Inovação nada mais é do que encontrar novos caminhos. Encontrar formas diversas para alcançar resultados melhores. Não é porque a pandemia acabou que nós temos que deixar aquela vontade de fazer diferente.”

O comportamento do consumidor determinará as estratégias

Para sobreviver às rápidas mudanças e à imprevisibilidade, as empresas que já consideravam a tecnologia como grande aliada sofreram menos durante a pandemia.

Isso porque a busca pela inovação e transformação já eram parte da cultura dessas companhias. Já aquelas que sempre foram mais resistentes às inovações e à tecnologia tiveram que aprender sob pressão.

A mudança cultural é fundamental para a transformação digital. Nesse sentido, Arthur relembrou o quanto o comportamento do consumidor mudou.

“Por que houve um crescimento na venda dos carros usados? Por que um carro usado está valendo mais que um carro novo? O carro usado já existe, as pessoas já conhecem, já o carro novo é uma promessa.”

Mudanças que chegaram para ficar

A pandemia transformou a passividade em velocidade. Antes, ao pensar num restaurante, tínhamos em mente o espaço físico. Hoje, é o delivery que entrega tudo.

Existem muitos negócios que não estão num espaço físico para receber as pessoas, e ainda assim, conseguem prosperar.

É aí que entra outro aspeto importante para os próximos anos: a disponibilidade. Vai ganhar a corrida a empresa e os serviços que estiverem sempre à disposição de quem precisa.

Também se vai destacar a empresa que personalizar a experiência do cliente e do parceiro. Tanto no B2C quanto no B2B, as pessoas estão cada vez mais exigentes.

E, claro, para sair à frente dos concorrentes, é fundamental estabelecer parcerias.

“Nós saímos de um tempo em que as pessoas provavam tecnologia só nas empresas, e hoje elas têm as melhores ferramentas em casa. Essas facilidades também são procuradas ao fazer negócios com empresas.”

Dados sem inteligência são apenas números

Outra tendência que já se mostra importante e que vem ganhando força é o uso de dados para as tomadas de decisão.

Para Arthur, é a partir do acesso a dados que as empresas conseguem entender os gaps, as altas e baixas de procura e as necessidades mais urgentes de mercado.

O cérebro humano tem uma limitação de processamento e de memória. Por isso, é preciso unir forças e tornar essa relação cada vez mais inteligente.

Além disso, privacidade e segurança também são temas que devem permanecer na prioridade das companhias nos próximos anos.

O uso do blockchain no supply chain permitirá a conexão das cadeias, facilitará as parcerias comerciais e reduzirá as burocracias da contratação de fornecedores, por exemplo.

“As tecnologias revolucionarão as cadeias de fornecimento. Se você tem o parceiro certo, não precisa temer.”

Sustentabilidade e pessoas em primeiro lugar

Somada à tecnologia, a responsabilidade ambiental, social e de governança, conhecida também como ESG, é um dos temas mais atuais no supply chain.

Arthur lembrou que investidores preferem ações de empresas sustentáveis, mesmo que eles tenham de abrir mão dos seus investimentos mais rentáveis (de empresas não responsáveis).

Cada vez mais, as questões que envolvem o bem-estar das pessoas e do meio ambiente devem ser prioritárias nas corporações.

Hoje, muitas pessoas têm o poder de escolher onde querem atuar. Vivemos a era “The Voice” no mercado de trabalho – e isso é um desafio enorme para as empresas.

“Em primeiro lugar, as pessoas. Em segundo lugar, a tecnologia. É preciso dar voz às pessoas, criar soluções e facilidades, para ir adiante.”

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